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Gonçalo Malho Rodrigues

Gonçalo Malho Rodrigues

Managing Partner

Desde sempre, a Google tem indexado os websites com base na versão desktop. Mas ao longo do último ano e meio, a Google tem vindo cuidadosamente a experimentar e testar a migração de websites que seguem as boas práticas para a indexação mobile em primeiro lugar.

Esclareço, porque é fácil confundir, que mobile first e mobile-first indexing têm dois entendimentos diferentes: mobile-first é um termo utilizado há já alguns anos e aplica-se ao princípio de desenhar e desenvolver websites cuja experiência visual e de navegação é orientada para dispositivos móveis em primeiro lugar e, só depois, para desktop.

Já o mobile-first indexing surge agora como resposta da Google ao facto de ser já superior o número de utilizadores/ visitantes de websites com recurso ao dispositivo móvel, quando comparado com utilizadores de desktop. Desta forma, a versão mobile do website será a que terá primazia na indexação no seu motor de pesquisa. Acontece também e, não são poucos os casos, em que se pesquisa na web através de um dispositivo móvel e, determinado website apesar de ter esse conteúdo na versão desktop, não o disponibiliza na sua versão mobile (conteúdos completamente diferenciados em ambas as versões). Neste caso estamos a prestar um mau serviço ao utilizador.

Qual o impacto na visibilidade do meu website?

Todos nós procuramos oferecer uma experiência mobile aos nossos visitantes que seja ultra-rápida, sem distrações e orientada ao objeto. É normal portanto, que a versão mobile de um website seja mais simples por comparação com a versão originalmente desenhada para desktop. Mesmo sob este princípio existem duas formas típicas de disponibilizar uma versão mobile de um website, que irei denominar da seguinte forma:

1. Versão mobile

2. Versão responsiva

A versão mobile, pode-se entender como uma variante do website original (desktop), onde é permitido adoptar disposições e conteúdos diferenciados comparativamente com a versão desktop.
A versão responsiva, tem a função de adaptar dinamicamente (através de media queries) o layout e conteúdo da versão desktop ao formato dos dispositivos móveis.

Se o seu website é uma versão responsiva, pode-se partir do princípio que o impacto é nulo já que se trata da versão desktop adaptada a dispositivos móveis. Se o seu website é uma versão mobile, cujos conteúdos são manipulados de forma independente, poderá existir impacto se estes forem de facto menos relevantes quando comparados com a versão desktop.

Apesar destas considerações, é importante não entrar em pânico, já que o modelo mobile-first indexing resume-se à forma como a informação é recolhida pela Google e não sobre como o conteúdo é priorizado. Acresce que, se porventura não dispõe de versão mobile / responsiva (embora não recomendado por questões de experiência para o utilizador), o seu website continuará a ser indexado no Google.

O meu website já recorre a AMP (Accelerated Mobile Pages). O que devo fazer?

Nada. Neste caso, a Google irá preferir indexar a versão mobile da página sem AMP.

Em resumo

  • A indexação Mobile-first não traz qualquer vantagem em termos de ranking e opera independentemente da avaliação mobile do website.
  • Ter conteúdo compatível com dispositivos móveis continua a ser útil para quem procura formas de ter um melhor desempenho nos resultados da pesquisa para dispositivos móveis.
  • O carregamento rápido de conteúdo continua a ser útil para quem procura maneiras de ter um melhor desempenho para utilizadores móveis e de desktop.
  • Como sempre, o ranking recorre a múltiplos fatores. Pode ser mostrado conteúdo que não é exatamente compatível com dispositivos móveis ou que carrega lentamente, desde que o algoritmo determine que esse é o conteúdo mais relevante a ser apresentado.