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Jelly – Digital Agency

A Inteligência Artificial (IA) generativa está a reconfigurar radicalmente o setor do retalho. Os consumidores tornaram-se mais exigentes e seletivos, obrigando marcas e retalhistas a uma adaptação acelerada. O estudo What Matters to Today’s Consumer 2025, do Capgemini Research Institute, expõe mudanças estruturais no comportamento de compra e nas expectativas dos consumidores. 

Este artigo explora as principais conclusões do estudo e oferece uma visão crítica sobre o futuro do consumo na era da IA generativa.

A Era da personalização: o fim dos motores de pesquisa?

Nesta quarta edição do estudo anual feito pelo Capgemini Research Institute o inquérito global contou com 12.000 inquiridos que ajudaram  as marcas e os retalhistas a compreenderem as suas prioridades, as suas preferências e a relacionarem as suas estratégias para satisfazer necessidades e comportamentos em evolução (Capgemini, 2025).

Nos últimos tempos, os motores de pesquisa eram a principal ferramenta para encontrar produtos/serviços. No entanto, 58% dos consumidores substituíram os motores de pesquisa tradicionais por ferramentas de IA Generativa como o ChatGPT para recomendação de produtos e serviços (Capgemini, 2025).

Este fenómeno representa uma transformação estrutural no marketing digital. As marcas precisam adaptar-se a uma nova dinâmica, onde a IA filtra as opções e sugere produtos baseados em histórico de compras, preferências e até interações nas redes sociais. Se as empresas não ajustarem as suas estratégias SEO e de publicidade para se tornarem relevantes dentro dos modelos de IA, correm o risco de perder visibilidade.

Redes sociais: de espaço de interação a motor de vendas

O Social Commerce não é mais uma tendência emergente; é uma realidade consolidada. 53% dos consumidores da Gen Z compraram através de redes sociais (Capgemini, 2025), um crescimento significativo face ao ano anterior.

As marcas devem repensar a sua presença digital. Não basta ter um perfil ativo; é essencial criar estratégias de influência, live shopping e colaborações com micro-influenciadores, pois 70% dos compradores nas redes sociais procuram conselhos de influenciadores, em comparação com 50% no ano transato. Atualmente, 67% dos consumidores reparam em anúncios nos sítios Web e aplicações dos retalhistas, em comparação com 63% nas redes sociais. Apenas 27% dos consumidores dizem que utilizam frequentemente as redes sociais para o serviço de apoio ao cliente.

A revolução da logística: expectativas irrealistas?

A rapidez de entrega tornou-se um fator determinante na decisão de compra. Em 2025,  65% dos consumidores esperam opções de entrega em até duas horas, um crescimento expressivo face aos 34% em 2023.

A pressão por rapidez desafia as cadeias de abastecimento. Para responder às expectativas, retalhistas como a Amazon estão a investir em IA para otimização de rotas de entrega em tempo real. Contudo, há uma contradição preocupante: os consumidores querem rapidez, mas não estão dispostos a pagar o suficiente para cobrir os custos. A pressão sobre as cadeias de abastecimento é insustentável, levando as empresas a comprometer margens de lucro para atender expectativas irrealistas. O dilema para os retalhistas é encontrar um equilíbrio entre rapidez, custos operacionais e sustentabilidade sem entrar em colapso financeiro.

Sustentabilidade: o novo fator decisivo na escolha de marcas

Os consumidores estão a tornar-se cada vez mais seletivos e exigentes. O estudo revela que 67% dos consumidores afirmam que deixariam de comprar a uma marca que não adota práticas sustentáveis (Capgemini, 2025). E não se trata apenas de embalagens ecológicas: os consumidores esperam medidas concretas na redução de desperdício, energias renováveis e responsabilidade social.

Empresas como a IKEA, que promove programas de reutilização de móveis, e a Carrefour, que utiliza políticas para evitar desperdício alimentar, estão a liderar esta transformação. As marcas que ignorarem esta tendência correm sérios riscos de perder mercado.

Os dados mostram que o consumidor de 2025 está mais digital, exigente e consciente do impacto das suas compras. Para as marcas, isto significa a necessidade de três grandes mudanças:

  1. Adoção massiva de IA para personalização de experiências e recomendações.
  2. Reformulação da estratégia de redes sociais, apostando na interação e influenciadores digitais.
  3. Compromisso real com a sustentabilidade, indo além do discurso e implementando práticas reais.

Além disso, 46% dos consumidores estão entusiasmados com o impacto da IA Generativa, enquanto 58% preferem confiar nestas ferramentas em detrimento dos motores de busca tradicionais para recomendações de produtos. A tendência é clara: 68% desejam uma “one-stop shop” que agregue resultados de pesquisa, redes sociais e websites de lojistas, simplificando a jornada de compra.

O mercado está a mudar a uma velocidade sem precedentes. As empresas que souberem equilibrar a tecnologia, a sustentabilidade e a conveniência estarão à frente nesta nova era do consumo. As que ignorarem estas transformações podem ficar para trás mais depressa do que imaginam.

Jelly – Digital Agency

Generative Artificial Intelligence (AI) is radically reconfiguring the retail sector. Consumers have become more demanding and selective, forcing brands and retailers to adapt quickly. The Capgemini Research Institute‘s What Matters to Today’s Consumer 2025 study exposes structural changes in consumers’ purchasing behaviour and expectations.

This article explores the study’s main conclusions and offers a critical view of the future of consumption in the age of generative AI.

The age of personalisation: the end of search engines?

In this fourth edition of the annual study by the Capgemini Research Institute , the global survey included 12,000 respondents who helped brands and retailers understand their priorities, preferences and connect their strategies to meet evolving needs and behaviours (Capgemini, 2025).

In recent times, search engines were the main tool for finding products/services. However, 58 per cent of consumers have replaced traditional search engines with Generative AI tools such as ChatGPT to recommend products and services (Capgemini, 2025).

This phenomenon represents a structural transformation in digital marketing. Brands need to adapt to a new dynamic, where AI filters the options and suggests products based on purchase history, preferences and even interactions on social networks. If companies don’t adjust their SEO and advertising strategies to become relevant within AI models, they risk losing visibility.

Social networks: from interaction space to sales engine

Social Commerce is no longer an emerging trend; it’s an established reality. 53 per cent of Gen Z consumers bought via social networks (Capgemini, 2025), a significant increase on the previous year.

Brands must rethink their digital presence. It’s not enough to have an active profile; it’s essential to create influencer strategies, live shopping and collaborations with micro-influencers, as 70% of shoppers on social networks seek advice from influencers, compared to 50% last year. Currently, 67% of consumers notice adverts on retailers’ websites and apps, compared to 63% on social media. Only 27 per cent of consumers say they frequently use social media for customer service.

The logistics revolution: unrealistic expectations?

Speed of delivery has become a determining factor in purchasing decisions. By 2025, 65 per cent of consumers expect delivery options within two hours, a significant increase from 34 per cent in 2023.

The pressure for speed is challenging supply chains. To meet expectations, retailers like Amazon are investing in AI to optimize delivery routes in real time. However, there is a worrying contradiction: consumers want speed, but aren’t willing to pay enough to cover the costs. The pressure on supply chains is unsustainable, leading companies to compromise profit margins to meet unrealistic expectations. The dilemma for retailers is to find a balance between speed, operating costs and sustainability without collapsing financially.

Sustainability: the new decisive factor in choosing brands

Consumers are becoming increasingly selective and demanding. The study reveals that 67 per cent of consumers say they would stop buying from a brand that does not adopt sustainable practices (Capgemini, 2025). And it’s not just about eco-friendly packaging: consumers expect concrete measures in waste reduction, renewable energies and social responsibility.

Companies like IKEA, which promotes furniture reuse programmes, and Carrefour, which uses policies to avoid food waste, are leading this transformation. Brands that ignore this trend run a serious risk of losing market share.

Data shows that the consumer of 2025 is more digital, demanding and aware of the impact of their purchases. For brands, this means the need for three major changes:

  1. Massive adoption of AI to personalise experiences and recommendations.
  2. Reformulation of the social media strategy, focusing on interaction and digital influencers.
  3. A real commitment to sustainability, going beyond words and implementing real practices.

In addition, 46 per cent of consumers are enthusiastic about the impact of Generative AI, while 58 per cent prefer to rely on these tools over traditional search engines for product recommendations. The trend is clear: 68 per cent want a ‘one-stop shop’ that aggregates search results, social networks and retailers’ websites, simplifying the purchasing journey.

The market is changing at an unprecedented rate. Companies that know how to balance technology, sustainability and convenience will be ahead in this new era of consumption. Those that ignore these transformations could be left behind faster than they realise.