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Jelly – Digital Agency

Sabe o que há de comum entre o Google e o Facebook, o Tiktok e a cadeia de supermercados onde faz as suas compras, e a sua empresa e as empresas do futuro? Todas são data-networks, empresas de dados.

A cada dia que passa esta realidade é mais precisa, e é importante que estejamos preparados para a adaptação. Vejamos porquê.

Os dados são hoje valiosos ao ponto de as empresas, desde start-ups a grandes corporações, escalarem 100 montanhas, deixando pelo caminho dinheiro, tempo e energia, apenas para a sua aquisição, processamento e análise. Estes esforços hercúleos devem-se a um facto: poucas coisas produzem tanto resultado.

Os dados sãodemasiado valiosos para não se terem. São uma espécie de super-poder marginal: o poder de saber qual o próximo passo correto. Puxemos a fita atrás para perceber de forma mais detalhada como isso acontece.

A informação sempre foi valiosa.

É valiosa ao ponto de organizarmos a sociedade com base nela, dividindo-nos em atividades de forma a que cada um produza onde detém maior capital de conhecimento ou prática.

Somos parte de diversas organizações que se regem pelo princípio da especialização e das vantagens comparativas. A sociedade é a maior delas.

Porque é a informação universal e intemporalmente valiosa?

Porque orienta as nossas decisões.

Mas afinal, quais as diferentes formas de tomar decisões que um negócio pode adotar?

Há mais de um milénio, pelo menos – momento desde que temos dados que nos permitem contabilizar – que o ser-humano olha para a informação através de uma separação definitiva: factos e não factos.

Repare como acabei de dar uma informação que é apontada como um facto, cuja base é simplesmente a existência de provas materiais, dados. A forma como separamos um facto de uma sensação, perceção ou opinião, é a existência de dados que o classifiquem como tal.

Hoje, a informação não é mais valiosa do que era no decorrer da 2ª revolução industrial. Apenas vê o seu acesso democratizado com a evolução da tecnologia, penalizando aqueles que se abstêm de a obter. Na verdade, em tempos passados, quem detinha a informação tinha, por contraste, uma vantagem superior a quem a detém hoje. Quem não a detinha, no entanto, era menos penalizado.

Hoje, não detendo informação completa, temos de estar cientes da grande probabilidade dos outros agentes, os concorrentes e os próprios clientes, a deterem.

Sem dados, há sempre problema

Toda a decisão tem como propósito resolver um problema. Tomamos decisões na tentativa de eliminar a distância entre nós e as nossas ambições. Os problemas são justamente isso: aquilo que nos impede de já estarmos onde queremos estar. Não temos necessariamente de estar a impedir uma catástrofe para que chamemos a algo de problema. Produzir 9/10 do potencial produtivo de um negócio é um problema.

A parte mais engraçada? Sem dados objetivos, há sempre problema. Vejamos porquê.

Sem medição, sem dados, sem processos de sistematização analítica, é impossível saber se há um problema, ou vinte. Sem métricas, há a perceção de que nunca há problemas. E este sim, é o maior dos problemas. Só há duas formas de garantir que não resolvemos um problema: nunca saber que o problema existe, ou saber e deixá-lo à mercê da sorte.

Condição necessária para sobreviver

Ter processos sistemáticos de análise interna e externa são condição necessária para a sobrevivência. Porquê?
Porque os vizinhos terão. E farão zero erros de cálculo, e muito menos erros na hora de decidir. É com isso que devemos contar.

Mesmo que isto dificilmente se verifique, porque os erros são comuns a todos os níveis, é bom que encaremos essa possibilidade.

Façamos um desvio.

Por vezes, há a ideia de que todas as conclusões têm de surgir de dados objetivos.

Medir, analisar, decidir.

Se fosse o caso, talvez o mais correto fosse passar a gestão dos nossos negócios a ferramentas de IA! Penso que não será (pelo menos para já!) boa ideia.

Vejamos o seguinte exemplo

Imagine-se a seguinte pergunta feita a um empresário:
“Se uma nova empresa concorrente entrasse no seu mercado e soubesse que essa detém o dobro da informação da sua empresa (somando o conhecimento de cada trabalhador à informação detida pela gestão, que tenha efeito direto nas suas decisões), qual a probabilidade de essa empresa ser uma ameaça à vossa atuação?”

Se a resposta for algo como “Haveria uma boa probabilidade de ser um problema”, sendo que não sabemos mais nada acerca deste novo competidor, então é possível concluir que a informação pesa mais de 50% nesse contexto.
Quanto dinheiro, tempo, energia, compensará dedicar a algo que poderá corresponder a mais de 50% dos resultados?

É curioso pensar que, ao contratar uma agência, consultor ou especialista em determinada área, seria impensável observar o profissional a começar o seu trabalho por qualquer outra coisa que não uma auditoria generalizada, ou pelo menos uma recolha de informação inicial.

O mesmo espanto seria o de um paciente que logo após cruzar a porta do consultório por um problema novo e recente, lhe vê estendida uma folha com prescrições diversas.

Sem diagnóstico, a única coisa que pode resolver qualquer problema é a sorte.

Deixemos a esperança para outros domínios. Não saber as métricas internas do negócio é equiparável a não saber a sua altura e o seu peso.

 


Curiosidade: Sabia que só o simples facto de se pesar com regularidade aumenta significativamente a probabilidade de perder peso? Mas mais importante ainda, sabia que a probabilidade de alguém que quer perder peso atingir esse objetivo é praticamente zero se não se pesar com regularidade?
O poder dos dados!


As métricas são a coluna vertebral do negócio.

Por mais que saibamos onde queremos chegar, só podemos traçar o caminho se soubermos com precisão onde estamos.
Claro, se quisermos ganhar a corrida, importa também saber onde estão os outros e como está o mundo!

Eis uma piada que um amigo costuma dizer:
“Fazer negócio sem métricas é como atravessar uma estufa de catos de olhos vendados. Alguém se vai picar.”

Os dados estão para o negócio como os 5 sentidos estão para o ser humano. Não são suficientes para prosperar, mas são inabdicáveis. Sem eles, é mais eficiente passar o testemunho.

Portanto, se não sabe TODAS as métricas do seu negócio, nada é mais importante até saber.

Aproveito para lhe deixar um dado importante:
O marketing e as vendas, cuja ação é um misto de criatividade e dados, ocupam, a cada dia que passa, maior influência no sucesso de qualquer negócio, grande ou pequeno, e o seu grau de eficácia é há décadas o melhor preditor de sucesso de qualquer empreendimento!

 

Boas medições!